200 ANOS DE DOM PEDRO II
- Anapuena Havena
- há 4 dias
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Por Manuel Beninger
Acadêmico Correspondente da ABHL (Portugal)

No bicentenário do nascimento de Sua Majestade Imperial, o Imperador Dom Pedro II do Brasil, a memória daquele que marcou profundamente a formação histórica do país foi solenemente evocada com uma Missa na Igreja da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro — templo tradicionalmente ligado à própria história da Monarquia brasileira.
A cerimônia reuniu representantes da Casa de Bragança - Orleans e Bragança, incluindo Dom Bertrand de Orleans e Bragança, o Imperador de Jure e guardião das tradições imperiais brasileiras. Estiveram igualmente presentes Dom Alberto de Orleans e Bragança, seu filho Dom Pedro Alberto e sua esposa Dona Maritza de Orleans e Bragança, preservando a continuidade simbólica da linhagem que governou o Brasil durante o século XIX.

O Estado Português fez-se representar pela Cônsul-Geral Adjunta de Portugal no Rio de Janeiro, Dra. Ana Rita Freitas Monteiro Ferreira, presença que remete aos profundos vínculos históricos entre as coroas brasileira e portuguesa. Esses laços são exemplificados pela relação familiar entre Dom Pedro II e sua irmã, a Rainha D. Maria II de Portugal — a única soberana europeia nascida em solo brasileiro, conhecida singularmente como “a carioca”. Esse parentesco simboliza a complexa tessitura política e dinástica que marcou o período pós-independência e a consolidação dos dois Estados nacionais.
Dom Pedro II permanece, para muitos historiadores, uma das figuras mais notáveis do constitucionalismo monárquico no mundo ocidental. Como Chefe de Estado, destacou-se pelo compromisso com a educação, a ciência, a liberdade de imprensa, a estabilidade institucional e uma diplomacia de equilíbrio e moderação — elementos que contribuíram para que o Brasil imperial se afirmasse como potência respeitada no concerto das nações. Seu legado, frequentemente subestimado, merece estudo aprofundado, sobretudo por aqueles que se dedicam à vida pública e à diplomacia, áreas nas quais sua atuação se destaca como exemplo raro de integridade e visão de longo prazo.
A Santa Missa em sufrágio de sua alma foi celebrada pelo Monsenhor Sérgio Costa Couto, Reitor da Igreja da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, que conduziu o rito com a solenidade apropriada à memória do último Imperador do Brasil — estadista cujo reinado deixou marcas duradouras na cultura política e institucional do país.

Nota da Presidência: O texto acima e os registros fotográficos que o ilustram são uma contribuição exclusiva do Confrade Manuel Beninger, gentilmente cedidos à Academia Brasileira de História e Literatura – ABHL.




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